Critérios de classificação dos exames podem ser alterados

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As provas não contam para a nota final dos alunos Enric Vives Rubio

Os critérios de classificação dos exames que o Instituto de Avaliação Educativa (Iave) está a publicar este ano poderão ser acrescentados com outras sugestões de resposta ao longo do processo de classificação das provas.

Por essa razão os documentos que são disponibilizados nos dias dos exames, aparecem na página electrónica do Iave com a inscrição “versão de trabalho”.

Esta é uma das novidades da temporada de exames de 2015. Segundo o Iave, esta opção visa “maximizar a coerência e a uniformidade de procedimentos na aplicação dos critérios de classificação”. Na prática, isto significa que ao longo do processo de classificação poderão ser consideradas válidas respostas dadas pelos alunos cujo teor não esteja contemplado nos critérios inicialmente divulgados, mas que os professores classificadores, em conjunto com os seus supervisores, considerem que são correctas.

Estes acertos já se faziam anteriormente na sequência de dúvidas suscitadas por professores classificadores, mas não tinham aplicação universal. Com a mudança, o Iave diz esperar que as alterações registadas, depois de certificadas, sejam aplicadas a todos e “reforçar assim a equidade de todo o processo”. A versão definitiva dos critérios de classificação só será publicada no final desta interacção, que deverá estar concluída nos últimos dias do processo de classificação de provas, que geralmente se prolonga por cerca de duas semanas.

Esta quinta-feira os exames nacionais do secundário prosseguem com as provas de Física e Química A, Geografia A e História e Cultura das Artes, todas do 11.º ano. A primeira disciplina, cujo exame é um dos quatro mais concorridos, é a que tem mantido piores médias nos exames nacionais. No ano passado, os 55.296 alunos que realizaram o exame tiveram uma média de 8,8 e em 2013 ficaram-se pelos 7,8.

Em entrevista ao PÚBLICO na edição de domingo, o presidente do Iave, Hélder de Sousa, adiantou que esperava para este ano uma correcção das médias de Física e Química A e de Matemática A, cujos valores “começam a desviar-se daquilo que é o reconhecido como adequado”, devido a acertos que o Iave fez nos critérios de classificação. 

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