Alemanha desiste de julgar antigo soldado nazi

Suspeito do massacre de centenas de pessoas em Itália sofre de demência

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Soldados das SS dr

A Alemanha não vai julgar um antigo soldado nazi das SS que alegadamente terá ajudado a matar mais de 300 pessoas em Itália, durante a Segunda Guerra Mundial, uma vez que este sofre de demência e encontra-se incapaz de se apresentar num tribunal, informou a acusação esta quinta-feira.

Os procuradores do estado de Hamburgo deram por terminadas as suas investigações sobre um antigo comandante da 16ª Divisão Panzer das SS, cuja identidade não foi revelada.

O homem esteve alegadamente envolvido num massacre no Norte da Itália, no dia 12 de Agosto de 1944. Tropas das SS, em operações contra a resistência, cercaram a vila de Sant’Anna di Stazzema, na Toscânia e mataram centenas de pessoas, incluindo mulheres e crianças.

“A avaliação do extenso material de arquivo levou à conclusão de que o suspeito – se estivesse apto para se apresentar em julgamento – teria, com toda a probabilidade, sido acusado de 342 casos de assassinato cruel, realizados com motivações reprovadoras.”, diz o gabinete da acusação na declaração.

Mas os exames psiquiátricos e neurológicos do homem mostraram que sofre de demência bastante avançada, não estando apto para se apresentar num julgamento, segundo os termos da constituição da Alemanha. O número de pessoas que podem ser acusadas de crimes de guerra nazis está a diminuir, à medida que os idosos suspeitos vão morrendo.

Em Abril, um tribunal alemão iniciou o julgamento de um antigo contabilista, de 93 anos, do campo de concentração de Auschwitz, acusado de assistência no assassinato em massa de judeus. Poderá ser um dos últimos grandes julgamentos do Holocausto na Alemanha.

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