Biblioteca da Penha de França já está na sua nova casa

A deslocalização deste equipamento da Câmara de Lisboa, agora instalado na Rua Francisco Pedro Curado, gerou polémica.

A mudança de instalações da Biblioteca da Penha de França, em Lisboa, foi contestada por centenas de pessoas em duas petições diferentes, mas esta quinta-feira, dia em que foi inaugurado o novo espaço na Rua Francisco Pedro Curado, só se ouviram elogios.

“O que começou por ser uma dificuldade transformou-se num excelente resultado”, resumiu o presidente da Câmara de Lisboa, defendendo que a solução encontrada (que muita polémica gerou) é a que “serve melhor a população”. Para Fernando Medina, a biblioteca agora instalada no piso térreo de um edifício de habitação junto à Escola Básica Nuno Gonçalves “é um exemplo muito feliz do processo de transformação da rede de bibliotecas” que o município tem vindo a concretizar.

Também a presidente da Junta de Freguesia da Penha de França, órgão ao qual a câmara entregou as antigas instalações da biblioteca, na Calçada do Poço dos Mouros, se desdobrou em elogios ao espaço agora inaugurado. Entre as “vantagens” do novo equipamento, Elisa Madureira apontou o facto ele ser mais amplo, mais central e próximo de equipamentos para a juventude e para a terceira idade, e de se localizar numa zona plana e com melhores acessos.

“O interesse geral e público deve sobrepor-se aos interesses particulares”, afirmou ainda a autarca do PS, para quem esta é “a melhor solução para a qualidade dos serviços a prestar”. Já a chefe da Divisão da Rede de Bibliotecas do município destacou que a nova biblioteca “é funcional, confortável” e tem “ambientes simpáticos”, notando que o facto de o espaço ser “grande” e ter “mobiliário rebatível” permite que assuma diferentes configurações.

Susana Silvestre adiantou que vão existir dois postos na freguesia onde será possível entregar e levantar livros, um na sede da junta e outro no Mercado de Sapadores, numa tentativa de “extravasar as portas das bibliotecas”. Elisa Madureira confirmou que há a intenção de criar esses postos, o primeiro dos quais tinha aliás sido recomendado pela Assembleia Municipal de Lisboa, mas não adiantou quando é que isso irá acontecer.

Por esclarecer ficou qual irá ser afinal a utilização dada ao terraço do número 6 da Rua Francisco Pedro Curado, que ao longo deste processo a câmara foi sublinhando que tinha um “potencial de utilização até 900 m2”. A Vereadora da Cultura admitiu que essa é uma questão “ainda em aberto”, dado que o espaço “é do condomínio”, com o qual será preciso entrar em “negociação”.

Questionada sobre o andamento das obras previstas no Programa Estratégico Biblioteca XXI, Catarina Vaz Pinto referiu que no próximo mês a Hemeroteca Municipal reabrirá em instalações provisórias, nas Laranjeiras, e que a requalificação da Biblioteca Palácio Galveias estará terminada “no final de 2016”.

Quanto à nova Biblioteca de Marvila, a vereadora disse que a sua inauguração ocorrerá “no princípio do ano que vem” e garantiu que a obra “está dentro dos prazos”. Isto apesar de em Março de 2014 a câmara ter dito ao PÚBLICO que essa empreitada estava em curso desde o fim do ano anterior, prevendo-se que estivesse concluída em Dezembro.

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