Lance Armstrong condenado a pagar nove milhões

O antigo ciclista estava em litígio com uma companhia de seguros do Texas devido a um bónus que recebeu pelas vitórias no Tour.

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Lucas Jackson/Reuters

Um tribunal arbitral do Texas condenou o antigo ciclista Lance Armstrong ao pagamento de dez milhões de dólares (nove milhões de euros) à SCA Promotions, uma companhia de seguros de Dallas, na sequência de um diferendo entre as partes por causa de um bónus atribuído ao atleta pelas vitórias na Volta a França.

Num processo anterior, em 2006, Armstrong e a seguradora haviam chegado a um acordo para o pagamento de 7,5 milhões de dólares ao antigo ciclista, depois de uma disputa em que a SCA se recusou a pagar o que tinha contratado com os donos da US Postal, a Tailwind Sports — o contrato de Armstrong previa um bónus de 10 milhões de dólares se ele ganhasse o Tour entre 2001 e 2004, e que este bónus deveria estar coberto por um seguro, sendo que a cobertura da SCA garantia metade deste valor.

Quando a SCA se recusou a pagar devido às suspeitas que envolviam Armstrong sobre o uso de doping nas suas sete vitórias consecutivas no Tour (entre 1999 e 2005), o ciclista e os donos da equipa avançaram para os tribunais, garantindo o pagamento dos tais 7,5 milhões que incluíam, não apenas o bónus, mas também juros de mora e custos legais.

A decisão tomada ontem obriga, na prática, Armstrong a devolver o dinheiro. Segundo o veredicto do painel de arbitragem, que decidiu por 2-1 a favor da SCA, Armstrong e a Tailwind Sports incorreram em “perjúrio, fraude e conspiração”, conduta que, no entender dos juízes, “exige sanções reais e significativas”.

Armstrong foi banido do desporto em 2012, tendo-lhe sido retirados quase todos os títulos que conquistou, incluindo os sete triunfos no Tour. No ano seguinte, fez uma confissão pública sobre o recurso repetido a práticas dopantes numa entrevista a Oprah Winfrey e, em declarações à BBC, em Janeiro passado, admitiu que faria o mesmo se voltasse atrás no tempo.

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