Nova direcção do grupo xenófobo Pegida demite-se

Kathrin Oertel queixou-se da intromissão do antigo dirigente, Lutz Bachmann.

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Kathrin Oertel já era a porta-voz do Pegida, anets de chegar a líder Reuters

A nova líder do Pegida, o grupo anti-islão da Alemanha, demitiu-se uma semana apenas após ter chegado ao lugar. O motivo da decisão, explicou a demissionária Kathrin Oertel, é a continua intromissão do antigo dirigente, Lutz Bachmann.

Lutz Bachmann saiu da liderança do grupo na semana passada, devido à polémica provocada por uma fotografia sua mascarado de Hitler.

Quatro outras figuras do corpo dirigente do Pegida demitiram-se com Oertel. Um deles disse ao jornal Bild que as demissões se deveram ao facto de Bachmann continuar a exercer a sua influência. Além disso, explicou a fonte da revista, o grupo irmão do Pegida, o Legida (de Leipzig), mais radical, está a assumir um papel cada vez mais determinante nas acções do grupo.

O Pegida chegou a juntar manifestações de 25 mil pessoas em em várias cidades alemãs, sobretudo em Dresden, onde o grupo nasceu, para protestar contra os imigrantes muçulmanos. Pegida é a sigla do grupo cujo nome alemão significa "patriotas europeus contra a islamização do ocidente". O grupo começou também a ser cortejado por vários dirigentes do partido eurocéptico Alternativa para a Alemanha.

A rápida progressão das marchas, e o número crescente de pessoas nelas, levou a chanceler Angela Merkel a participar numa marcha contra a intolerância e o racismo.

Na sua última manifestação em Dresden, no domingo, apenas participaram 12 mil pessoas, diz a AFP.

Na página do grupo na rede social Facebook, o Pegida explica que a demissão é temporária e deve-se aos ataques dos media - com os quais o grupo se recusa a falar, acusando-os de mentir. "A verdade é que Kathrin se demitiu do seu posto por enquanto. Isto aconteceu devido às mensagens hostis e às ameaças que lhe chegaram de forma maciça e que prejudicaram a sua carreira", diz o comunicado do grupo.

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