Cinco Emmy para Breaking Bad numa cerimónia sem surpresas

A última temporada da série televisiva foi a mais premiada na edição 2014 dos galardões da Academia de Televisão americana. Uma Família Muito Moderna, Sherlock e American Horror Story partilharam o pódio

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O elenco de Breaking Bad REUTERS/Mike Blake
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Bryan Cranston recebeu o prémio de melhor actor de série dramática Kevin Winter/Getty Images/AFP
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Bryan Cranston com os seus prémios AFP
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Um Coração Normal venceu na categoria de melhor telefilme AFP
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Equipa de Fargo AFP
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Colin Bucksey, realizador de Fargo AFP
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Julia Louis-Dreyfus no momento em que recebe o prémio AFP
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Julia Louis-Dreyfus recebeu o seu quinto Emmy de Melhor Actriz em Série de Comédia pela produção do canal HBO Veep AFP
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Jessica Lange AFP
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Kathy Bates levou o Emmy de Melhor Actriz Secundária em American Horror Story: AFP
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Stephen Colbert AFP
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A cerimónia foi apresentada por Seth Meyers AFP
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Equipa de Uma Família Muito Moderna AFP
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Melhor Série de Comédia foi, pelo quinto ano consecutivo, para a ABC e Uma Família Muito Moderna AFP
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Homenagem de Billy Crystal a Robin Williams AFP
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Billy Crystal Reuters
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Ty Burrell venceu o Emmy de Melhor Actor Secundário numa série de comédia AFP
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Stephen Colbert venceu na categoria de Melhor Programa de Variedades Reuters
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Louis CK levou o Emmy de Melhor Argumento de Série de Comédia por um episódio de Louie Reuters
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Jessica Lange venceu o Emmy de Melhor Actriz pela terceira temporada de American Horror Story: Coven Reuters
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Momento de paródia na cerimónia AFP

Com cinco prémios na categoria de série dramática, Breaking Bad - Ruptura Total encerrou em beleza a 66ª edição dos prémios Emmy, entregues na madrugada de segunda para terça-feira no Nokia Theatre, em Los Angeles. A expressão “encerrou” tem aqui duplo sentido: porque recebeu alguns dos prémios mais importantes e desejados da cerimónia apresentada pelo actor Seth Meyers, e porque os recebeu pela última das suas cinco temporadas, exibidas no canal de cabo americano AMC e entre nós no canal de cabo MOV.

A série criada por Vince Gilligan sobre um professor de liceu que se torna barão da droga recebeu os prémios de Melhor Série Dramática, Melhor Actor, para Bryan Cranston, Melhor Actor Secundário, para Aaron Paul, Melhor Actriz Secundária, para Anna Gunn, e Melhor Argumento.

Por merecida que a vitória de Breaking Bad fosse, esteve longe de ser uma surpresa numa lista de vencedores que “repartiu o mal pelas aldeias” e se concentrou este ano em séries exibidas nos canais “tradicionais” (sinal aberto e cabo). A “revolução” trazida pelos novos serviços de televisão online como o Netflix, que tornaram House of Cards ou Orange Is the New Black em sucessos de audiência e de crítica, pode ter sido reconhecida nas nomeações da Academia de Televisão, mas os premiados acabaram por ser os mesmos de anos anteriores.

Breaking Bad venceu pelo segundo ano, Bryan Cranston pelo quinto; Jim Parsons, o físico anti-social Sheldon Cooper da comédia da rede CBS A Teoria do Big Bang (RTP e AXN White), venceu pela quarta vez o Emmy de Melhor Actor em Série de Comédia, e Julia-Louis Dreyfus recebeu o seu quinto Emmy de Melhor Actriz em Série de Comédia pela produção do canal HBO Veep (TV Séries), naquela que é a sua terceira vitória consecutiva na categoria. E o prémio para Melhor Série de Comédia foi, pelo quinto ano consecutivo, para a ABC e Uma Família Muito Moderna (Fox Life), vencedor ainda dos troféus para Melhor Actor Secundário (Ty Burrell) e Melhor Realização.

A “carta fora do baralho” foi a vitória de Julianna Margulies como Melhor Actriz em Série Dramática pelo seu papel de uma advogada que refaz a sua vida na série da CBS The Good Wife (Fox Life). E a Academia de Televisão não fechou inteiramente a porta a propostas menos convencionais: Uzo Aduba receberia o prémio de Melhor Actriz Convidada em Série de Comédia por Orange Is The New Black, enquanto Louis CK levou o Emmy de Melhor Argumento de Série de Comédia por um episódio de Louie (FX). E True Detective (TV Séries), um dos fenómenos dos últimos meses, foi galardoada com Melhor Realização.

Na terceira e mais prestigiosa das grandes categorias dos Emmy, a de mini-série e telefilme, o vencedor foi claramente Sherlock, a actualização das aventuras de Sherlock Holmes pela BBC (exibida nos EUA na rede de estações públicas PBS e em Portugal no canal AXN Black). Benedict Cumberbatch (Holmes) e Martin Freeman (Watson) foram considerados Melhor Actor e Melhor Actor Secundário, com a série a receber ainda o prémio de Melhor Argumento. Os Emmy de representação feminina foram entregues a duas veteranas do cinema e do teatro, Jessica Lange (Melhor Actriz) e Kathy Bates (Melhor Actriz Secundária) pela terceira temporada de American Horror Story: Coven (FX).

Nenhuma delas, contudo, ganhou os prémios principais na categoria: a melhor mini-série foi a aposta do canal FX Fargo (TV Séries), inspirada pelo filme dos irmãos Coen e vencedora ainda do troféu de Melhor Realização, enquanto o melhor telefilme foi Um Coração Normal, adaptação da peça de Larry Kramer com Mark Ruffalo e Julia Roberts, produzida pelo canal HBO e exibida há poucas semanas entre nós pelos canais TVCine.

Uma palavra ainda para o Colbert Report (SIC Radical) de Stephen Colbert, que venceu na categoria de Melhor Programa de Variedades.  

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