O Governo português “reconhece o valor do arquivo e do trabalho singular do arquitecto Álvaro Siza Vieira”, vem-se “preocupando há já largos meses” com o destino que este possa vir a ter, e “tudo procurará fazer para proteger esse valor singular no que respeita à sua relação com o país”. Quem o garante, em declarações feitas este sábado ao PÚBLICO, é o secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, que afirmou também a sua convicção de que seria preferível que o assunto não fosse “dirimido na comunicação social”.

“Pela importância do homem e da obra, o arquitecto Álvaro Siza Vieira é um tesouro vivo do Portugal contemporâneo, que tem de estar acima das querelas partidárias”, disse ainda Barreto Xavier, numa evidente alusão às declarações do líder socialista António José Seguro, que afirmou estar “preocupadíssimo” com a notícia de que o acervo de Siza poderia ir para o Canadá e defendeu que “não podemos cruzar os braços”.

Barreto Xavier acha que “é lamentável qualquer tentativa para usar o arquitecto como arma de arremesso político “ ou para o “envolver em querelas partidárias”, e avisa que não discutirá este assunto nos meios de comunicação.