Conan, o Bárbaro

Em tempos, Marcus Nispel quase dirigiu Arnold Schwarzenegger antes das proverbiais "diferenças criativas" levarem à sua saída de "Os Dias do Fim". Entretanto, Schwarzenegger virou-se para a política e Nispel fez carreira como tarefeiro de séries B de género; e já que não pôde dirigir Arnold, vá de dirigir a "remake" do filme de 1982 (escrito por Oliver Stone e dirigido por John Milius, argumentista de "Apocalypse Now") que tornou o culturista austríaco em astro do cinema de acção e aventura.


Só o futuro dirá se o wrestler havaiano Jason Momoa seguirá nas pisadas do ex-governador da Califórnia (que, recorde-se, também não tinha muito jeito para a representação quando começou), mas Nispel não é Milius nem nada que chegue lá perto. O seu "Conan" é uma fantasia genérica e atordoante, profissional mas anónima, sofrendo de evidentes desajustes entre o conforto da produção e a banalidade do argumento e da encenação, que nunca ganha embalo nem energia, resumindo-se a uma série de combates e batalhas chapa-quatro unidos pela lei narrativa do menor esforço. Por outras palavras: uma estopada.

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