"Amor em Jogo" não passa de um banalíssimo melodrama em jeito de telenovela
Romeu e Julieta no mundo do futebol profissional, em co-produção anglo-portuguesa rodada maioritariamente no Porto: Julieta chama-se Inês e é filha do presidente de um clube de futebol, Romeu chama-se Paul e é jogador no clube rival da cidade. Quem pudesse eventualmente esperar daqui um qualquer comentário velado às clubites e rivalidades do futebol português pode tirar o cavalinho da chuva - "Amor em Jogo" não passa de um banalíssimo melodrama em jeito de telenovela que usa o futebol como simples pano de fundo para cumprir à risca as regras da ficção televisiva, sem sinais particulares nem especial inspiração (e com uma banda-sonora medonha, já agora).
O que é genuinamente mais preocupante é que este objecto melhor acabado (mas só melhor acabado...) do que muita da ficção nacional corrente seja assinado por uma equipa técnica maioritariamente inglesa - no resto, é filme à medida das ambições do que se entende hoje em Portugal como cinema "comercial", ou seja, bitola televisiva em écrã panorâmico. Já vimos pior, mas isso não chega.
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