O Estranho caso de Benjamim Button

Não é um filme, são três cruzadosque não têm nada a ver um com ooutro: a partir do conto de Fitzgeraldsobre um homem que nasce velho eem vez de envelhecer rejuvenesce aolongo dos anos, o argumentista EricRoth quer fazer uma sonsice pseudohistóricaà "Forrest Gump", Brad Pitte Cate Blanchett (ambosespantosamente "miscast") parecemestar num melodrama romântico àmoda antiga, e o realizador DavidFincher quer fazer uma fábularomanesca. No papel, é a receitapara o desastre; no écrã, Fincher nãosó ganha aos pontos, jogando demodo magistral com o espaço e otempo para contar a sua fábula,confirmando a sua vocação decriador de ambientes e trabalhando amontagem com argúcia, comoconsegue fazer esquecer que o filmedura três horas, que o argumento évergonhosamente manipulador, quePitt e Blanchett são os actoreserrados para esta fita. Depois dosublime "Austrália", "O EstranhoCaso..." é a segunda prova em comoé possível reinventar o romanescopara os nossos dias.

Não deviaresultar, mas resulta - apostamosque nem Fincher sabe como.

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