Get Smart

É provável que - apesar da RTP Memória - a maior parte dos espectadores contemporâneos não tenha memória do "Olho Vivo" original, a série de comédia que Mel Brooks e Buck Henry inventaram em 1965 sobre um agente secreto desastrado (Don Adams). Também não é grave, porque esta "reinvenção" da série para os nossos dias como uma banal comédia de acção (que transforma Maxwell Smart num analista de excepção que uma ameaça à agência super-secreta CONTROL atira para o terreno) não implica que se conheça o original.

É, aliás, uma boa solução para conseguir que o filme ganhasse uma identidade para lá da série, mas o que é pena é que o potencial da ideia fique tão frustrantemente por realizar - "Olho Vivo" 2008 éessencialmente uma variação revista e corrigida sobre o "Johnny English" (2003) de Rowan Atkinson, que acerta na mouche no elenco que foi buscar, mas desperdiça o entusiasmo dos actores num guiãoinsuficientemente engraçado e numa encenação meramente anónima (Peter Segal é um funcionário e não um qualquer estilista da comédia - coisa que,hoje, anda a fazer muito falta).

A entrega de um impecável Steve Carell, Anne Hathaway, Dwayne Johnson (o ex-wrestler The Rock, aprovar que está aqui um actor com cabeça) e, sobretudo, Alan Arkin (perfeitamente possesso no papel do "Chefe" que foi originalmente de Edward Platt) merecia mais do que esta fita simpática mas insuficiente.

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