Belle Toujours

Não interessa ter visto "Belle de Jours". E ainda bem que Catherine Deneuve não quis continuar com Manoel de Oliveira a personagem de Sèverine que fez para Luis Buñuel.

"Belle Toujours" fica bem assim, no reino dasprojecções, dos fantasmas; nem é uma continuação. É um divertimento, cruel, pelos abismos do desejo e daimpotência - aquele jantar silencioso entre Bulle Ogier e Michel Piccoli é um prodígio.

Oliveira é um "género" em sim, mas podemos procurarajuda nos corrupios graves de Lubitsch ou de Ophuls.São filmes como este que nos fazem suspeitar que é um cineasta, de facto, "tocado"... "by the hand ofgod" ou outra coisa qualquer. Este é o seu filme imprescindível dos últimos anos.

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