Número 23

Joel Schumacher consegue desperdiçar um "thriller" com alguns motivos de interesse - ao nível do argumento; uma cuidada composição de Jim Carrey, a tentar escapar à sua veia cómica - porque se perde encenação histérica, sem visível capacidade para figurar a paranóia.

Nada funciona nesta confusa visita freudiana a umaobsessão mal resolvida: a montagem baralha em vez de organizar, a banda sonora duplica em vez de complexificar, os actores parecem réplicas sonâmbulas de personagens, a fábula "satânica"resulta pobrezinha e mal contada. Salvam-se uma Virgínia Madsen certinha e algum grafismo seguro narelação entre o livro e a acção. É muito pouco para (apesar de tudo) tanta ambição.

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