Takeshi Kitano, na sua primeira incursão americana, reformula a tradição dos yakuza com regras dos filmes-de -"gangsters" e a extrema violência bebida em múltiplos fimes sobre a Mafia. Altamente codificado e hierático, "Brother" possui, no entanto, a sageza de não macaquear, de não alienar o seu universo próprio para "fazer americano". No desespero niilista do final, que nem o pretenso "happy ending" resgata, está a essência do Kitano cinematográfico: um imperceptível rictus que substitui a dor, uma exposição ao mundo que é uma forma de suicídio transposto, um sentido do espaço que instrumentaliza a mais funda claustrofobia.
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