As razões para ver o filme são as mesmas que se invocaram a propósito do livro: a caricatura (trágico?)-cómica da condição feminina dos anos 90. A mulher moderna é solteira, auto-suficiente, capaz de gerir uma carreira, mas, reduzida ao essencial, só ambiciona uma coisa: casar ou, melhor dizendo, arranjar namorado. O filme é, aliás, uma quase-ilustração do livro de Helen Fielding (também produtora e co-argumentista desta adaptação), recorrendo ao facilitismo da voz "off", limitando-se a acrescentar uns "gags" com vista à gargalhada previsível e a exagerar na caracterização de ambientes e estereótipos "British". Ainda bem que "O Diário de Bridget Jones" é uma paródia - porque em termos de sofisticação, a "screwball comedy" dos anos 30 e 40 bate, de longe, a actual produção de comédias românticas.
Gerir notificações
Estes são os autores e tópicos que escolheu seguir. Pode activar ou desactivar as notificações.
Gerir notificações
Receba notificações quando publicamos um texto deste autor ou sobre os temas deste artigo.
Estes são os autores e tópicos que escolheu seguir. Pode activar ou desactivar as notificações.
Notificações bloqueadas
Para permitir notificações, siga as instruções: