Gus van Sant está aparentemente cada vez mais "integrado", e "Descobrir Forrester" cheira a "encomenda" por todos os lados. Sean Connery, que é a vedeta e um dos produtores, terá sido o comanditário de um filme construido em torno da sua personagem, um velho escritor que vive em reclusão depois de nos anos 50 ter sido um autor mais do que promissor. É um filme "convencional" (mais do que aquilo a que van Sant nos habituou), mas neste caso não equivale a dizer que seja "impessoal": "Descobrir Forrester", que trabalha a sedução do espectador a um ritmo lento e a médio prazo, acaba por ser um olhar sereno sobre as questões da rebeldia e da integração, bastante menos cliché do que à primeira vista parece. O "bom rebelde" van Sant a meditar sobre a sua carreira e estatuto? É possível que sim, e estarão aí as razões do curioso fascínio que "Descobrir Forrester", a espaços, é capaz de oferecer.
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