Duelo de Titãs

A ideia de argumento é interessante, mas o resultado não corresponde à ambição de partir para uma crónica dos tempos da integração racial, numa Virginia muito presa ainda às suas origens sulistas, usando como metáfora uma equipa multiracial de futebol americano. O que desequilibra o conjunto de todas as boas vontades conjugadas, com Denzel Washington a comandar o elenco, é, desde logo, a insuportável carga lacrimejante em torno dos pequenos dramas de personagens totalmente estereotipadas. Filme típico da sentimentalidade "à la Disney", este "Duelo de Titãs" falha a dimensão documental e ilude a possibilidade de articular o melodrama (mais uma vez perigosamente no reino da chantagem emocional do telefilme) com as boas intenções subjacentes ao projecto. Ou como diz o provérbio: "De boas intenções está o Inferno cheio".

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