Robinson Crusoe revisitado num filme arriscado, que dá a Tom Hanks mais uma hipótese de óscar, na exibição de um grafismo que faz sentido no mundo de Robert Zemeckis, mas com uma tensão dramática nova na sua obra. Claro que se poderia ter ido mais longe na exploração do isolamento do protagonista, mas uma espécie de autocensura levou o cineasta a optar por soluções intermédias. De qualquer modo, trata-se de uma aposta curiosa com uma noção limite do "timing" num produto de grande indústria. Quem for absolutamente alérgico a um festival de Tom Hanks a solo, deve abster-se. Quem lhe reconhecer a capacidade de habitar o plano e de o possuir (como poucos actores no presente) não poderá perder a oportunidade. No cômputo geral, um exercício sobre a claustrofobia do espaço fílmico em tempo de esgotamento formal.
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