Tanta caução (a "true story" que lhe serve de base; a denúncia de um caso de intolerância sexual; e mesmo a nomeação para os Óscares das duas actrizes principais) não chega para iludir a debilidade cinematográfica de "Os Rapazes Não Choram". Entre a académica pobreza da sua "mise-en-scène" e o esquematismo linear da sua narrativa esboroam-se quaisquer hipóteses de o filme poder ser mais interessante do que a sua "mensagem" - e é ela que se impõe, demonstrativamente, à maneira do mais primário cinema "de tese" social. A própria personagem principal (em teoria a mais complexa) é supreendentemente desinteressante, e se o filme se resgata em breves passagens tal se deve à impressão de "malaise" indolente que Chloe Sevigny transporta no rosto. Mas é muito pouco para se fazer uma festa.
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