Exemplo de co-produção esteticamente apátrida, com actores franceses e americanos e um cineasta britânico a recriarem os dias do cozinheiro Vatel na corte de Luís XIV. Diz-se, e o filme mostra, que o criador era tão dedicado à sua arte, que se suicidou porque havia uma ameaça de os jantares passarem a correr mal. Filme sobre a comida e filme sobre a criação artística, portanto, tem a bulimia de Depardieu, esse actor que corre, corre, corre para qualquer veículo cinematográfico que lhe passe à frente só pelo prazer da corrida, mas não fica nada do filme dessa energia, que se gasta sem consequências, nem se vislumbra o mínimo prazer. O filme também seria inconsequente se não fosse tremendamente académico e conformista. A comida, aqui, é mesmo "euro-puding", pudim europeu.
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