Manobras na Casa Branca

O mesmo David Mamet que fez de "Oleanna" o espelho assustador dos malefícios do politicamente correcto tenta, em registo de farsa, um olhar crítico sobre a presidência e sobre os ridículos das campanhas puritanas anti-Clinton. Se os escândalos sexuais estão bem encenados, falta a intriga política e, às guerras fictícias, a dimensão aterrorizadora do filme de Joe Dante sobre a hipótese de uma nova guerra civil americana. O mais marcante é, mesmo, o lado simples e artesanal de uma pequena ficção de circunstância, usando com absoluta eficácia os talentos histriónicos de De Niro e de Dustin Hoffman. O realizador, Barry Levinson, limita-se a gerir o conjunto sem grandes pretensões de ser inventivo.

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