Manoel de Oliveira nos dicionários e enciclopédias de cinema

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"Sensível, apaixonado pela arte, inteligente. O melhor realizador português (...). Produziu à margem da indústria oficial, em condições muitas vezes difíceis, Aniki-Bóbó, anunciando o neo-realismo."
Dictionnaire des Cinéastes
Georges Sadoul
Éditions du Seuil, Paris, 1977
(1.ª edição - 1965).

"É o mais importante realizador português, que entrou na indústria do cinema como actor, mas depressa se virou para o documentarismo. É também um excelente operador de câmara."
The International Film Encyclopedia
Ephraim Katz
Ed. Papermac, Londres, 1982.

"O realizador mais representativo de Portugal, país de que soube retratar o clima cultural e social. Aniki-Bóbó, evocação das crianças do Porto, pode ser visto como um dos primeiros filmes neo-realistas. Mas pode preferir-se-lhe o olhar irónico que o realizador lança sobre os tabus da sociedade portuguesa em Benilde ou a Virgem Mãe" (...). Tem um estilo particularmente desarmante."
Dicionnaire du Cinéma - Les Realisateurs
Jean Tulard
Ed. Robert Laffont, Paris, 1985 (1.ª edição - 1982).

"O amor do cinema tomou-o desde os 18 anos (...). Douro Faina Fluvial (1931) releva do documentarismo poético e sinfónico tal qual se fazia, na altura, em diversos países. (...) Oliveira examina e testa todas as potencialidades, todos os estilos da sua disciplina, procurando, como Dreyer e Ozu, chegar ao essencial: a transparência ontológica do cinema."
Dictionnaire du Cinéma
Direcção de Jean-Loup Passek
Ed. Larousse, Paris 2001
(1.ª edição - 1986)

"Oliveira está entre os mais originais e profundos artistas do meio e nunca foi tão prolífico como depois dos 80 anos, escrevendo e realizando um filme por ano."
Guias Essenciais - Cinema
Ronald Bergan
Ed. Dorling Kindersley/Civilização - Porto, 2008 (Londres - 2006).

"Vale Abraão - Esta adaptação portuguesa de Madame Bovary - ou antes a meditação poética do romance de Agustina Bessa-Luís - está envolta numa atmosfera hipnótica, ao mesmo tempo melancólica e tranquila (...). O estilo de Oliveira é difícil de definir: a intemporalidade do cenário dos nossos dias, onde os Lotus e Maseratis parecem tão incongruentes, é uma reminiscência de Resnais, mas a interpretação lenta e langorosa remete-nos para a ironia satírica de um Buñuel tardio ou para o secretismo minimalista de um Bresson."
Time-Out Film Guide
Coordenação de John Pym
Ed. Pinguin Books, Londres, 2003 (esta 11.ª edição tem entradas para outros seis filmes do realizador).

"Manoel Cândido Pinto de Oliveira é um cineasta português, que actualmente é o realizador activo mais idoso do mundo, com trinta e duas longas-metragens realizadas."
Wikipedia

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