É oficial: Xi Jinping é o Presidente da China

O poder já passou de Hu Jintao para Xi Jinping, formalmente eleito como novo líder do Partido Comunista chinês e Presidente da China pelo Parlamento

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Hu Jintao a fazer a passagem de testemunho para Xi Jinping China Daily/REUTERS

O Parlamento chinês elegeu esta quinta-feira Xi Jinping para a presidência da república, uma formalidade para o novo líder do Partido Comunista Chinês (PCC), que encerra o período de transição iniciado em Novembro de 2012.

“Anuncio que o camarada Xi Jinping foi escolhido como Presidente da República Popular da China”, declarou Liu Yunshan, um alto responsável do PCC, que presidiu a sessão da Assembleia Nacional Popular (Parlamento), transmitida em directo pela televisão estatal.

Aos 59 anos, Xi Jinping sucede a Hu Jintao e terá como primeiro-ministro Li Keqiang (que sucede a Wen Jiabao) e como vice-presidente Li Yuanchao, um dirigente com reputação de reformista.

Escolhido para liderar o PCC durante o 18º congresso do partido, em Novembro do ano passado, Xi Jinping ficou automaticamente designado como sucessor de Hu Jintao. À sua frente tem a liderança da segunda potência mundial durante os próximos dez anos.

A primeira viagem ao estrangeiro de Xi Jinping enquanto Presidente da República está prevista para daqui a um mês com uma visita oficial a Moscovo, seguida de um périplo pelo continente africano.

Os dez anos de mandato de Xi Jinping são considerados pelos analistas, dentro e fora da China, ao mesmo tempo perigosos e cruciais. Recebeu a missão de manter o poder nas mãos exclusivas do partido, assegurar o crescimento económico e encontrar uma fórmula para a estabilidade social.

Primeiro dirigente da China nascido após a fundação do regime por Mao Tsetung em 1949, Xi Jinping é filho de um herói revolucionário e é considerado um “príncipe vermelho” da nomenklatura chinesa. A sua personalidade confunde-se com a carreira de um homem do aparelho que soube galgar com habilidade e prudência os escalões da hierarquia comunista.

Ao assumir as suas funções na liderança do PCC, Xi Jinping reconheceu que a nova equipa de dirigentes enfrenta “enormes responsabilidades” e tem “graves desafios”. O principal é o da corrupção galopante, que ameaça “matar o partido” e, por arrasto, o regime. 
 
 

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