Revisão da rede escolar cria 67 novos agrupamentos

Segundo o ministério, com esta lista de agrupamentos “fica agora concluído o essencial deste processo”.

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Muitos professores podem ser repescados entre 9 e 13 deste mês pelos directores das escolas Adriano Miranda

O Ministério da Educação e Ciência (MEC) anunciou nesta quarta-feira a criação de 67 novos agrupamentos escolares, resultantes da reorganização da rede escolar, sendo que uma das novas unidades orgânicas, em Lisboa, engloba quase quatro mil alunos.

O agrupamento de escolas São Vicente/Telheiras e o agrupamento de escolas Virgílio Ferreira, em Lisboa, agora unidos num novo agrupamento, representam um total de 3953 alunos, sendo assim a maior unidade orgânica criada pela revisão da rede escolar hoje divulgada.

De acordo com a lista divulgada pelo ministério, a reorganização criou 12 novos agrupamentos com mais de três mil alunos a seu cargo, e apenas dois novos agrupamentos com menos de mil.

A nova unidade no distrito de Aveiro, que vai juntar a Escola Secundária de Santa Maria da Feira ao Agrupamento de Escolas Doutor Ferreira de Almeida, criando um agrupamento com 3178 alunos, ou a nova unidade no distrito de Braga, que junta o agrupamento de Escolas de Gualtar à Escola Secundária Carlos Amarante, criando um agrupamento com 3251 alunos, são dois exemplos de novas “unidades orgânicas” com mais de três mil alunos a seu cargo.

Os novos agrupamentos em Vouzela, com 802 alunos, e em Viana do Alentejo, com 807 alunos, são os dois únicos da lista que ficam abaixo do milhar de alunos.

O MEC defende, em comunicado de imprensa, que os agrupamentos criados no âmbito desta reorganização escolar “têm uma dimensão equilibrada e racional” e “têm em conta as características geográficas, a população escolar e os recursos humanos e materiais disponíveis”.
“Criam estruturas verticais, que facilitam o percurso escolar dos alunos e a articulação entre os diversos níveis de ensino”, acrescenta o comunicado.

O MEC esclareceu também que alguns agrupamentos resultam de propostas do próprio ministério, outros de propostas de autarquias ou escolas e agrupamentos de escolas.

De acordo com o ministério os novos agrupamentos vão entrar em vigor assim que forem nomeadas as novas Comissões Administrativas Provisórias (CAP), sublinhando que as escolas vão continuar a funcionar normalmente.

A conclusão de alguns processos está ainda dependente de reuniões ainda a realizar, mas, segundo o ministério, com esta lista de agrupamentos “fica agora concluído o essencial deste processo”.

A reorganização da rede escolar esteve em discussão nos últimos meses. A criação de grandes agrupamentos, com milhares de alunos a seu cargo, tem vindo a ser fortemente criticada pelos sindicatos do sector.
 
 

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