Júri invoca falta de qualidade dos textos para não atribuir Prémio Leya

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Manuel Alegre, um dos elementos do júri, na atribuição do prémio em 2009 Raquel Esperança (arquivo)

O júri do Prémio Leya 2010 decidiu não atribuir a distinção relativa a este ano por considerar que os textos originais apresentados a concurso “se apresentam prejudicados por limitações na composição narrativa e por fragilidades estilísticas”.

No final da reunião que decorreu esta tarde em Alfragide, sede do grupo editorial, o júri considerou ainda que as obras concorrentes “não correspondem à importância e ao prestígio do Prémio Leya no âmbito das literaturas de língua portuguesa”.

Para a edição deste ano, o júri presidido por Manuel Alegre e constituído também por José Carlos Seabra Pereira, Nuno Júdice, Pepetela, Carlos Heitor Cony, Rita Chaves e João Amaral analisou quatro obras finalistas (três de autores portugueses e uma de autor brasileiro) a partir de uma pré-selecção, realizada pela Leya, dos 325 títulos enviados a concurso.

O prémio, de 100 mil euros – e que é o maior em valor pecuniário no domínio da literatura de expressão portuguesa –, foi criado em 2008 e nas duas primeiras edições foi conquistado pelo brasileiro Murilo Carvalho, com a obra “O Rastro do Jaguar” (2008), e pelo moçambicano João Paulo Borges Coelho, com “O Olho de Hertzog” (2009).

Notícia actualizada às 18h58
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