Paquistão e Índia abrem fronteira de Caxemira para auxiliar vítimas do terramoto

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Mais de três milhões de pessoas ficaram sem casa na região Wojtek Lembryk/EPA

O Paquistão e a Índia chegaram hoje a acordo para a abertura da fronteira militarizada que separa os dois países na região da Caxemira, para facilitar a ajuda às vítimas do terramoto que abalou o sul da Ásia no passado dia 8 de Outubro.

O anúncio do acordo foi feito pelo ministro dos Negócios Estrangeiros paquistanês, após cerca de 12 horas de negociações entre responsáveis diplomáticos dos dois países.

A chamada "Linha de Controlo", que divide a região dos Himalaias, vai ser aberta em cinco pontos, a 7 de Novembro.
Os procedimentos para atravessar a região vão ser semelhantes aos adoptados no início deste ano, quando a ligação de autocarro entre Muzaffarabad e Srinagar - as duas capitais da disputada Caxemira - foi restabelecida.

Os cincos pontos vão ser abertos entre as localidades de fronteiriças de Nauseri-Teethwal, Chakothi-Uri, Hajipur-Uri, Rawalakot-Poonch e Tattapni-Mendhar.

A disputa pela Caxemira, dividida desde 1947, já levou a Índia e o Paquistão a envolverem-se em duas guerras.

O sismo de 8 de Outubro provocou, segundo os últimos números oficiais, 54 mil mortos e perto de 77 mil feridos, apenas na parte paquistanesa de Caxemira, a mais atingida pelo abalo, que provocou ainda vítimas na Índia e no vizinho Paquistão.

Além do elevado número de mortos, o sismo deixou mais de três milhões de pessoas sem abrigo. O risco de uma nova vaga de mortos é eminente, caso não chegue ajuda humanitária, já que escaceiam alimentos, água, abrigos e se aproxima o inverno - de um rigor intenso na região.

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