Em São Tomé o colonialismo não morreu com as roças

As roças de São Tomé e Príncipe são hoje em dia uma sombra do seu passado. Mas representam também uma sombra que marca a História das relações raciais no país. Foram palco de cenas de violência física, de relações sociais e laborais no limite, de histórias pessoais que muitos preferem nem lembrar actualmente. Além disso, estiveram na origem – através do colonialismo português – de tensões étnicas que ainda hoje são recordadas. Das roças até às ruas da capital, quarenta anos depois da independência de São Tomé e Príncipe, o período colonial deixou os seus vestígios. À vista de todos, como na arquitectura, ou mesmo mais escondidas, no interior dos santomenses. Quarta reportagem da série Racismo em Português, desta vez dedicada a São Tomé e Príncipe.