Vendas do iPhone caem pelo terceiro trimestre consecutivo

Receitas recuaram 9% entre Julho e Setembro. Facturação dos serviços disparou 24%.

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O iPhone fará dez anos em 2017 AFP/Stephen Lam

As vendas do iPhone, o principal produto da Apple, caíram pela terceira vez consecutiva quando comparadas com o mesmo período de 2015, arrastando as receitas também para o terceiro trimestre seguido de descidas.

Entre Julho e Setembro, a Apple vendeu cerca de 45 mil iPhones, menos 5% do que nos mesmos meses do ano passado. Os números, apresentados nesta terça-feira, contabilizam já alguns iPhones 7, que começaram a chegar ao mercado em meados de Setembro, mas cuja maioria das vendas este ano serão feitas na época de compras de Natal. As vendas de iPhone tinham já caído 15% no segundo trimestre e 16% nos primeiros três meses do ano.

A procura por iPads e computadores Mac também continuou a trajectória negativa e o telemóvel ainda é responsável por 60% de toda a facturação da empresa. Pelo contrário, as receitas dos serviços da Apple, onde se incluem as plataformas de música e de pagamento online, dispararam 24%, mas representam ainda uma parcela pequena do negócio da Apple.

A empresa registou 46,9 mil milhões de dólares de receitas (43 mil milhões de euros) no terceiro trimestre, menos 9% do que em 2015. Os lucros foram de nove mil milhões de dólares, uma queda de 19%.

A quebra de vendas do iPhone acontece quando o mercado de smartphones está essencialmente estagnado. Números da IDC, uma analista de mercado, apontam um ligeiro crescimento de 0,3% nos produtos enviados para o retalho no segundo trimestre deste ano.

A líder Samsung conseguiu crescer naquele período 6%, mas o lançamento falhado do modelo Galaxy Note 7 deverá ter um impacto negativo nas vendas ao longo destes meses. Já a chinesa Huawey (em terceiro lugar, depois da Apple) cresceu  8%, mas foram as marcas chinesas voltadas para os países sul asiáticos que mais mercado conquistaram: a Oppo disparou 136%, ao passo que as vendas da Vivo subiram 80%.

Os restantes fabricantes, em conjunto, perderam 11% entre Abril e Junho, segundo a IDC.

Com as marcas a mostrar mais dificuldades em apresentar motivos para os consumidores nos mercados mais maduros comprarem um novo telemóvel, começa a surgir especulação em torno do iPhone que a Apple deverá apresentar em 2017, ano em que aquele que foi o primeiro smartphone moderno fará dez anos. Entretanto, nesta quinta-feira, a Apple apresentará novos computadores.

Cerca de 30 minutos após o anúncio de resultados, as acções da Apple caíam 2,6%.

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