Um casamento arriscado

O LinkedIn perde dinheiro há dois anos e as acções desvalorizaram-se 40% desde Janeiro. A Microsoft deixou-se ultrapassar pelo Facebook nos conteúdos e pelos rivais Google e Apple na guerra dos smartphones. Juntam-se os dois e o que se obtém? A aquisição mais cara da história para o antigo império do software fundado por Bill Gates. É um bom negócio? Sim, para os accionistas do LinkedIn, que se libertam da pressão descendente que o mercado exercia sobre as acções. A Microsoft não se tem dado bem com aquisições: Nokia, Skype e Yammer ficam muito aquém do que era esperado. E, por isso, a resposta para a Microsoft é talvez: por um lado, ganha acesso a 433 milhões de pessoas que oferecem e procuram talento no LinkedIn, e entra nas redes sociais pela porta dos profissionais e das empresas, mas, por outro lado, paga por esta rede – assolada por problemas de segurança e sucessivos ciberataques – mais do que o que o Facebook pagou pelo Whatsapp. Será este o preço certo para o reset da Microsoft? 

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