Twitter anuncia despedimentos e acaba com o Vine

App de partilha de vídeos acabará nos próximos meses. A empresa espera dar lucro pela primeira vez em 2017.

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O Twitter continua sob pressão para mostrar resultados AFP/EMMANUEL DUNAND

O Twitter anunciou que vai reduzir em cerca de 9% o número de trabalhadores, com o objectivo de chegar aos lucros em 2017, o que, a acontecer, será a primeira vez nos mais de dez anos de história da empresa. A empresa anunciou também que o serviço de partilha de vídeos Vine acabará nos próximos meses.

Na apresentação trimestral de resultados, a empresa, que se tem debatido com problemas na captação de novos utilizadores e de rentabilidade, explicou que o corte será feito sobretudo “nos esforços de vendas, parcerias e marketing”.

O Twitter comunicou também um ligeiro aumento do número de utilizadores. Os 317 milhões de pessoas que mensalmente usam a plataforma significam um acréscimo de 3% face ao mesmo período de 2015 e são mais quatro milhões do que no trimestre anterior. O número de utilizadores diários cresceu 7% em relação ao ano passado, acelerando o ritmo de crescimento dos trimestres anteriores.

Já as contas continuam no vermelho, embora mostrem melhorias no negócio fora dos EUA, que tem sido uma das dificuldades do Twitter. As receitas ao longo do trimestre cresceram 8%, para 616 milhões de dólares (565 milhões de euros), dos quais 374 milhões foram facturados nos EUA (mais 1% do que em 2015) e 242 milhões dizem respeito ao resto do mundo (uma subida expressiva, de 21%).

A maior parte das receitas são de anúncios e 90% deste dinheiro já é feito em dispositivos móveis. Mas as restantes receitas, onde se inclui a venda de dados a outras empresas, dispararam 26%, para 71 milhões de dólares.

O prejuízo foi de 103 milhões de dólares, uma melhoria face aos 132 milhões do mesmo período de 2015.

Os resultados foram apresentados após semanas de especulação em torno de uma possível venda. A imprensa americana descreveu como potenciais compradores a Disney, a Salesforce (uma empresa que vende serviços para relacionamento com clientes) e a Alphabet, a empresa dona do Google. A ter existido, o eventual interesse destas empresas parece entretanto ter-se dissipado.

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