A Uber continua a enfrentar batalhas legais em vários países e desta vez a contestação aconteceu em Toronto, Canadá, onde os taxistas profissionais avançaram com um processo na justiça onde exigem à empresa norte-americana uma indemnização de 400 milhões de dólares canadianos (280 milhões de euros) por prejuízos no sector e que a aplicação móvel seja impedida de funcionar na província de Ontário.

À semelhança do que taxistas de outros países alegam, na cidade canadiana a Uber é acusada de concorrência desleal e de actividade ilegal. Segundo a acção apresentada em tribunal, e citada pela BBC, os motoristas profissionais argumentam que serviços como a Uber X e a Uber XL criaram “um enorme espaço de mercado” para o transporte ilegal em Toronto, feito por condutores que não têm licença para operar no mercado de transporte de passageiros.

A acção na justiça surge depois de um tribunal ter rejeitado a exigência dos taxistas para que a Uber suspendesse os seus serviços em Toronto no início de Julho, considerando que não existem provas de que a Uber funcione como uma operadora de táxi.

A Uber considera que o processo agora iniciado não tem qualquer “mérito”. “Como vimos numa decisão judicial recente em Ontário, a Uber está a operar legalmente e é um modelo de negócios distinto dos serviços tradicionais de táxi”, defendeu uma porta-voz da empresa à Reuters.

A Uber, fundada em 2009 em São Francisco, nos Estados Unidos, revolucionou o sector do transporte de passageiros com a sua popular aplicação de telemóvel e, de acordo com a imprensa norte-americana, a empresa está hoje avaliada em cerca de 50 mil milhões de dólares (45 mil milhões de euros).