Ministro britânico da Saúde quer proibir sexting a menores de 18 anos

Jeremy Hunt aproveitou a Comissão de Saúde para criticar as redes sociais, que diz não estarem a cumprir a responsabilidade de protecção que lhes compete.

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Jeremy Hunt pede também mais intervenção das empresas no combate ao bullying AFP/NIKLAS HALLE'N

O ministro da Saúde do Reino Unido, Jeremy Hunt, defende que os jovens com menos de 18 anos devem ser protegidos pelas empresas de redes sociais para que não consigam trocar mensagens sexuais explícitas. O político britânico quer também que as tecnológicas sejam mais activas no combate ao cyberbulling, através, por exemplo, de introdução de software que detecte este tipo de situações, escreve o jornal Guardian.

Hunt falava durante a Comissão de Saúde do Parlamento britânico a propósito de técnicas de prevenção do suicídio.

O governante sublinhou que as empresas de redes sociais precisam de se esforçar e apresentar novas formas de combate à cultura de intimidação online e de partilha de imagens sexuais, que estão a ter um impacto negativo na saúde mental dos jovens. “Penso que as empresas devem chegar-se à frente e mostrar como podem ser a solução para os problemas de saúde mental dos jovens e não a causa do problema”, desafia Jeremy Hunter.

“Existem muitas provas de que, se a indústria tecnológica se comprometer, consegue desenvolver coisas muito inteligentes”, acrescentou. “Pergunto-me, por exemplo, por que não se consegue prever a troca de mensagens e imagens sexuais explicitas por jovens com menos de 18 anos, se esse é um bloqueio que os pais escolhem colocar no contrato do telemóvel. Existe tecnologia que consegue identificar imagens sexuais explícitas e prever a sua transmissão”, nota.

Jeremy Hunter prossegue o raciocínio e questiona porque não podem as redes sociais identificar o cyberbulling quando acontece em plataformas que funciona com o reconhecimento de padrões de palavras. “Acho que existem muitas coisas onde as empresas de redes sociais poderiam aplicar soluções de software que poderiam reduzir os riscos associados à utilização de redes sociais e acho que é algo com que se deveriam comprometer activamente, de uma forma que até agora ainda não fizeram”.

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