Samsung: defeitos nas baterias provocaram incêndios do Galaxy Note 7

Empresa sul coreana divulga resultados das investigações aos incêndios do modelo de smartphone.

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© Kim Hong-Ji / Reuters

A Samsung Electronics revelou que foram defeitos nas baterias que provocaram os incêndios no seu modelo de telemóvel Galaxy Note 7, que teve de deixar de fabricar.

Investigações internas e independentes "concluíram que as baterias foram a causa dos incidentes com o Note 7", disse a empresa sul-coreana em comunicado nesta segunda-feira. As baterias provinham de dois fabricantes diferentes e apresentavam defeitos de fabrico e falhas no desenho que causaram curtos-circuitos, escreve a Reuters. 

O responsável da divisão de telemóveis, Koh Dong-jin, explicou que a publicação do relatório foi motivada pela necessidade de a empresa “recuperar a confiança” dos consumidores depois da perda de cerca de 6,1 mil milhões de won (cerca de 4.863 milhões de euros).

Koh Dong-jin afirmou que o incidente foi uma "lição" e que as consequências estão "profundamente reflectidas na cultura e processo" da marca, cita a Reuters.

A Samsung não revelou o nome dos fornecedores das baterias defeituosas, mas já os tinha identificado antes como afiliados da Samsung SDI e da Amperex Technology Limited, empresa chinesa. De acordo com a Reuters, a Samsung já afirmou que assume a responsabilidade e que não vai avançar com nenhuma acção legal contra os fornecedores.

Para prevenir que situações deste género se voltem a repetir, a marca anunciou que vai implementar um sistema de verificação das baterias com oito pontos. Os peritos mantêm-se reticentes acerca das vendas de novos dispositivos da marca: Para Park Chul-wan, antigo director do Centro de Baterias do Intituto de Tecnologia e Electrónica da Coreia, os consumidores só vão aceitar os resultados desta vistoria, se o novo S8 – que ainda não se sabe quando será lançado – não apresentar problemas. 

A Samsung acrescentou ainda que não decidiu se vai ou não reutilizar algumas partes dos Note 7 que foram devolvidos. Uma fonte próxima, citada pela Reuters, diz que a empresa está a analisar a hipótese de vender alguns dos aparelhos Note 7 enquanto recondicionados, depois de ter recuperado 96% dos 3,06 milhões de aparelhos comercializados.

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