Samsung anuncia na CES que até 2020 os seus produtos vão estar todos ligados à Internet

CEO da sul-coreana sublinha potencial da Internet das Coisas e o papel que as empresas podem ter para trabalhar com o que já deixou de ser "ficção científica".

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Boo-Keun Yoon diz que a “Internet das Coisas não é sobre ‘coisas’, é sobre pessoas” Ethan Miller/Getty Images/AFP

O presidente-executivo da Samsung Electronics confirmou esta terça-feira que a empresa sul-coreana está focada na Internet das Coisas e vai adaptar todos os seus produtos nos próximos cinco anos para que possam ser ligados à web. Boo-Keun Yoon sublinha que a Internet das Coisas “não é mais ficção científica, é um facto científico”, por isso há que explorar o seu potencial, promovendo a sua abertura e a colaboração das várias indústrias do sector tecnológico.

No discurso de abertura na edição de 2015 da conferência Consumer Electronics Show, que arrancou em Las Vegas, EUA, Boo-Keun Yoon insistiu no potencial da Internet das Coisas para empresas como a Samsung. “Estamos em 2015 e vamos regressar ao futuro. Lembram-se do filme Regresso ao Futuro II? Viajar no tempo pode ainda estar a alguns anos de distância. No entanto, alguma na tecnologia futurista do filme já está aí”.

Com os olhos postos no futuro, o CEO da Samsung defende que há uma responsabilidade de criar uma união “como uma indústria e em diferentes sectores, para conseguir concretizar a promessa da Internet das Coisas.” “A Internet das Coisas tem a capacidade de transformar a nossa sociedade, economia e a forma como vivemos as nossas vidas”, continuou Yoon, mas o responsável da empresa sul-coreana realça que a “Internet das Coisas não é sobre ‘coisas’, é sobre pessoas”. “Cada indivíduo está no centro do seu próprio universo tecnológico, e o universo da Internet das Coisas vai adaptar-se constantemente e mudar à medida que as pessoas se movem no seu mundo”.

Yoon antecipou alguns dos passos que a Samsung vai dar para fazer a sua parte do plano. Até 2017, todas as televisões da marca vão ser equipamentos Internet das Coisas, e até 2020, todo o hardware vai estar preparado para estar ligado online.

Outra das apostas da empresa que o responsável apresentou na Consumer Electronics Show é o desenvolvimento de sensores que estabeleçam uma ligação mais eficaz entre o utilizador e o equipamento. A empresa está a desenvolver um novo sensor de distância tridimensional que consegue detectar os mais pequenos movimentos.

A empresa está ainda a desenvolver chips, como o embedded package on package (ePOP) e o bio-processador, ambos energeticamente eficientes e compactos o suficiente para serem implementados num abrangente conjunto de equipamentos, especialmente em wearables (tecnologia que se pode usar como acessórios, como relógios ou pulseiras fitness) e em dispositivos móveis.

“A expansão dos equipamentos no ecossistema Internet das Coisas e dos componentes que estão no seu interior é o primeiro passo para cumprir a promessa da Internet das Coisas”, explicou Yoon, reforçando que a Samsung tem já um “vasto conjunto de equipamentos” nesse sentido. “No ano passado, a empresa disponibilizou mais de 665 milhões de produtos, e queremos ver este número crescer”.

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