Quase metade da população mundial usa a Internet

No final de 2015, quatro mil milhões de pessoas vão ficar de fora do acesso à web, segundo relatório de agência das Nações Unidas.

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A IUT indica que, em 15 anos, a população internauta passou de 6,5% para 43% Maria João Gala

Com uma população mundial estimada em 7,2 mil milhões, o mais recente relatório da International Telecommunication Union (ITU), agência das Nações Unidas, concluiu que, até ao final do ano, serão 3,2 mil milhões as pessoas a usar a Internet, sendo que dois mil milhões vivem em países desenvolvidos. Sem acesso ao mundo online, permanecem quatro mil milhões de pessoas, o equivalente a dois terços da população que reside em países em desenvolvimento.

No documento apresentado na terça-feira, em Genebra, a ITU apresenta as conclusões de uma análise feita ao uso da web nos últimos 15 anos. Se em 2000, ano em que foram estabelecidos os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (MDG, sigla em inglês), existiam 738 milhões subscrições de serviços móveis para telemóveis, em 2015 esse número disparou para sete mil milhões.

Quando analisada a taxa de penetração da Internet a nível global, a IUT indica que, em 15 anos, a população internauta passou de 6,5% para 43%. O acesso à web em casa disparou, por sua vez, de 18%, em 2005, para 26% este ano.

Em matéria de banda larga móvel, este ano, a agência das Nações Unidas aponta que até ao final de 2015, 47% da população esteja abrangida, sendo que 69% da população mundial terá cobertura 3G, contra 45% em 2011. Houve ainda uma rápida progressão da rede 3G nas áreas rurais, com a ITU a estimar que 29% dos 3,4 mil milhões de pessoas que vivem nessas zonas tenham essa cobertura ainda este ano. Nas áreas urbanas, essa penetração irá abranger 89% das quatro mil milhões de pessoas que aí residem.

Actualmente, continua a existir disparidades acentuadas quanto à velocidade da banda larga, sendo que os três países onde esta é mais rápida são a Coreia do Sul, França e Irlanda. Portugal está em 13º lugar, entre a Finlândia (12º) e a Noruega (14º). No final da lista surgem o Zimbabwe, Senegal, Paquistão e Zâmbia.

"Estes novos dados não mostram apenas o rápido progresso tecnológico alcançado até à data, mas também ajudam a identificar aqueles que estão a ficar para trás na economia digital em rápida evolução, bem como as áreas onde o investimento em tecnologias de informação e comunicação é mais necessária", observou o secretário-geral da UIT Houlin Zhao, na conferência de imprensa de lançamento do relatório.

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