Presidente da Apple garante que negócio na China corre bem

Numa jogada invulgar, Tim Cook enviou um email a um apresentador de televisão.

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O mercado chinês já está maduro Reuters

A cotação da Apple protagonizou um dos ressaltos do dia, numa segunda-feira em que os mercados financeiros mundiais deslizaram para terreno negativo. As acções da empresa chegara a estar a cair cerca de 13% no Nasdaq. Acabaram por por recuperar para terreno positivo e, a uma hora do final da sessão, caíam novamente, mas a um ritmo mais moderado, de 2,4%, em linha com as perdas generalizadas das bolsas americanas.

Quando o mundo se está a ressentir do abrandamento da economia chinesa, o presidente executivo da Apple, Tim Cook, resolveu jogar uma cartada invulgar: enviou um email a Jim Cramer, um popular apresentador de um programa televisivo sobre mercados financeiros, a assegurar que o negócio na China está a correr bem.

“Recebo actualizações sobre o nosso desempenho na China todos os dias, incluindo esta manhã, e posso dizer-lhe que continuamos a ter um crescimento forte do negócio na China ao longo de Julho e Agosto”, escreveu Cook. “Na verdade, a subida das activações de iPhones acelerou nas últimas semanas, e tivemos o melhor desempenho do ano na loja de aplicações na China ao longo das duas últimas semanas”.

A Apple – que, como empresa cotada, tem de respeitar regras sobre divulgação de informação – não costuma divulgar informação relevante fora das apresentações de resultados trimestrais. A cotação da empresa tem estado numa trajectória de descida no último mês.

“Obviamente, não consigo prever o futuro, mas o nosso desempenho neste trimestre, até agora, é reconfortante”, escreveu o executivo.
A venda de smartphones na China, que representou no trimestre passado 30% do mercado mundial, tem vindo a abrandar, à medida que os consumidores entram numa fase de maturidade e muitos já não estão à procura do primeiro aparelho, tal como acontece na generalidade dos países europeus, por exemplo. Segundo a analista Gartner, nos três meses entre Abril e Junho, as vendas no mercado chinês caíram pela primeira vez. A descida foi de 4%.

 

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