Piratas informáticos atacam pela segunda vez rede bancária internacional

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REUTERS/Carlo Allegri

Piratas informáticos conseguiram aceder ao sistema de mensagens interbancárias Swift, considerado ultra-seguro e que serve para transferir milhares de milhões de dólares diariamente, no que parece ser um segundo ataque deste género, de acordo com a imprensa norte-americana.

De acordo com uma carta que a Swift - Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication se prepara para enviar nesta sexta-feira aos seus utilizadores, os métodos dos hackers apresentam semelhanças com um ataque levado a cabo em Fevereiro último e que permitiu o desvio de 81 milhões de dólares de uma conta do Banco central do Bangladesh na Reserva Federal em Nova Iorque.

Desta vez, os piratas visaram um banco comercial, que a Swift não identifica, e conseguiram apropriar-se de códigos para enviar, através da Swift, mensagens em nome do banco.

Este ataque evidencia uma tentativa deliberada de encontrar um acesso a um sistema indispensável para o funcionamento do mundo financeiro internacional, segundo o texto que a Swift se prepara para publicar, de acordo com a AFP, que cita o New York Times e o Wall Street Journal.

Em Fevereiro, as mensagens pareciam ser provenientes do Banco do Bangladesh, que dava ordens de transferência para diversas contas nas Filipinas de 81 milhões de dólares a partir da sua conta no banco central norte-americano.

O FBI suspeita que os criminosos informáticos de Fevereiro tenham beneficiado de cumplicidades internas, fez saber o Wall Street Journal na sua edição da passada terça-feira.

Esta semana, altos representantes da Reserva Federal norte-americana, do Banco do Bangladesh e da Swift reuniram-se em Basileia, na Suíça, para discutir aquela fraude cibernética.

Os métodos utilizados pelos piratas informáticos nos dois casos “mostram claramente um conhecimento aprofundado e sofisticado das operações deste tipo nos bancos visados”, de acordo com a carta da Swift, citada pelos jornais norte-americanos.

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