A Nintendo, cuja última consola doméstica teve vendas muito abaixo do que a empresa esperava, revelou esta quinta-feira a Switch, uma nova consola que é um híbrido: é portátil, mas pode ser também ligada a uma televisão ou outro ecrã.

O aparelho tem um ecrã no centro que é ladeado por dois comandos, funcionando assim ser usado como dispositivo portátil. Mas a consola metamorfoseia-se. Os comandos, chamados Joy-Con, podem ser desencaixados e o jogador pode usar um em cada mão, ou optar por encaixá-los num suporte que lhes dá um formato mais próximo de um comando tradicional. É também possível que dois jogadores partilhem os comandos. Para além disto, a consola pode ser colocada numa base e ligada a um outro ecrã. E pode também ser usada com um comando maior, de aspecto mais tradicional.

Tirando o conceito, a informação adiantada pela multinacional japonesa é escassa. A Switch (que até aqui era conhecida como Nintendo NX) deverá ser lançada em Março. O preço e a lista de jogos disponíveis no lançamento ainda não foram revelados, e as especificações técnicas também não são conhecidas.

A Nintendo tem tido na última década uma tradição de inovar nas funcionalidades das suas consolas, mas nem sempre com bons resultados. A Nintendo Wii, lançada em 2006, popularizou os comandos através de movimentos e foi um enorme sucesso, tendo sido vendidas 102 milhões de unidades. Já a sucessora Wii U chegou ao mercado em 2012 e trazia como novidade um ecrã integrado no comando, que permitia novas mecânicas de jogo e alguma portabilidade. Vendeu apenas 13 milhões de unidades e é também a consola para a qual menos jogos foram vendidos em toda a história da empresa.

Também a facturação da Nintendo está há muito em declínio. As receitas começaram a cair em 2010 e a empresa começou a dar prejuízo em 2012, tendo desde então conseguido intermitentemente fechar o ano com contas positivas. Entre Abril e Junho deste ano (o período mais recente para o qual foram comunicados dados financeiros) a Nintendo facturou 62 mil milhões de ienes (545 milhões de euros), menos 31% do que no mesmo período de 2015.