Nokia regressa ao mercado de consumo com um tablet Android

O N1 vai estrear-se apenas no mercado chinês, numa estratégia de licenciamento da marca finlandesa.

Uma imagem promocional do N1
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Uma imagem promocional do N1 Nokia
O tablet vai ser vendido na China
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O tablet vai ser vendido na China Nokia
O N1 tem uma interface desenvolvida pela Nokia
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O N1 tem uma interface desenvolvida pela Nokia Nokia

O anúncio foi uma surpresa. A Nokia – a empresa finlandesa que vendeu o negócio de telemóveis à Microsoft para se dedicar às infra-estruturas de comunicações – apresentou um tablet equipado com sistema operativo Android, que estará à venda apenas na China.

O aparelho, chamado N1, foi apresentado nesta terça-feira, em Helsínquia.  Tem um ecrã de 7,9 polegadas, um processador de quatro núcleos a 2.4Ghz e a versão mais recente do Android, modificada com uma interface própria desenvolvida pela Nokia, chamada Z Launcher e que já tinha sido apresentada. O Z Launcher pode também ser descarregado gratuitamente para outros aparelhos com Android.

O N1 será posto à venda no mercado chinês no primeiro trimestre de 2015, por cerca de 200 euros antes de impostos. Sem dar detalhes, a empresa afirmou que espera alargar a venda a outros países.

A comercialização, porém, será feita através de um acordo de licenciamento com um parceiro local, que será inteiramente responsável pelo fabrico e distribuição do aparelho, bem como pelas garantias e apoio a clientes, numa  estratégia diferente da que a Nokia seguia com os telemóveis. Para além da marca Nokia (de que a Microsoft também comprou direitos de utilização, mas que deixou de usar nos smartphones), a empresa vai licenciar o design e o Z Launcher, bem como outra propriedade intelectual.

A multinacional finlandesa, que nunca consegui adaptar-se à mudança dos consumidores para os smartphones, entra assim num mercado já recheado de tablets Android, mas que é liderado pelos iPads, da Apple. Segundo números da analista IDC, a Apple tinha 23% do mercado no trimestre passado, seguindo-se a Samsung, com 18%, e a Asus, que comercializa os tablets Nexus em parceria com o Google e tinha quota de 7%. Entre Julho e Setembro, foram postas à venda em todo o mundo perto de 54 milhões de unidades, mais 12% do que no mesmo período do ano passado.

Este não é o primeiro tablet da Nokia, embora o lançamento anterior já estivesse alinhado com a decisão de venda à Microsoft. No ano passado, a empresa lançara já um tablet equipado com Windows Phone, o Lumia 2520, que está agora nas mãos da multinacional americana.

Também não é a primeira vez que a empresa apresenta aparelhos Android. No início do ano, e no que foi também uma surpresa, lançou os smartphones de baixo custo Nokia X, uma linha que foi rapidamente cancelada pela Microsoft quando a aquisição foi concluída poucos meses depois.

 

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