LinkedIn atinge máximo em bolsa após resultados positivos

A cotação do LinkedIn disparou e terminou a sessão desta sexta-feira nos 150,48 dólares na Bolsa de Nova Iorque, um ganho de 21,27%.

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O director executivo do LinkedIn, Jeff Weiner, com um mapa a mostrar ligações entre utilizadores Robert Galbraith/Reuters

O LinkedIn, a rede social de contactos profissionais, pode ser menos conhecido e muito mais pequeno do que o Facebook. Mas tem tido um desempenho em bolsa capaz de fazer corar de vergonha o site de Mark Zuckerberg.

Nesta sexta-feira, na sequência da apresentação de resultados positivos que surpreenderam os investidores, as acções subiram 21,27%, terminando a sessão na Bolsa de Nova Iorque nos 150,48 dólares. A empresa fez uma oferta pública de venda em Maio de 2011, altura em que cada acção custava 45 dólares.

As receitas do LinkedIn subiram 81% no último trimestre do ano passado, por comparação com o mesmo trimestre de 2011, atingindo os 303,6 milhões de dólares (cerca de 227 milhões de euros). Os resultados, apresentados na quinta-feira, indicam ainda um crescimento de 86% nas receitas quando comparados todos os 12 meses de 2012 com o ano anterior.

O LinkedIn tem por base redes de contactos profissionais e é também usado como ferramenta de recrutamento e procura de trabalho. Entre as grandes empresas que entraram em bolsa na sequência da explosão do fenómeno das redes sociais sociais, é a que melhor desempenho tem tido. Para além da evolução negativa da cotação do Facebook (cujas acções se estrearam nos 38 dólares e rondam hoje os 29), o site de compras colectivas Groupon viu o valor das acções cair para cerca de um quinto e a Zynga (criadora de jogos como o FarmVille) vale actualmente um terço do que quando se estreou em bolsa.

Nos últimos meses, o LInkedIn tem introduzido várias novidades na plataforma. Convidou dezenas de pessoas a escrever conteúdo original para o site (executivos, milionários como Richard Branson e políticos como Obama), adaptou a funcionalidade de partilha e publicação de conteúdos para um sistema mais próximo do que o Facebook oferece, e introduziu a possibilidade de os utilizadores recomendarem de forma simples competências listadas nos perfis dos utilizadores (antes disto, era possível apenas escrever recomendações, tipicamente de um ou dois parágrafos). O site tem também apostado na agregação de conteúdos e tem uma funcionalidade que apresenta artigos considerados relevantes para o utilizador.

Para além de vender espaço para anúncios, o LinkedIn tem uma panóplia de contas pagas, que permitem acesso a diferentes tipos de ferramentas: desde pesquisas mais refinadas pelos perfis dos utilizadores do site até à possibilidade de contactar directamente qualquer pessoa. Algumas destas contas pagas estão vocacionadas para quem procura trabalho, outras para profissionais de recursos humanos que pretendam recrutar.

O site ronda os 200 milhões de utilizadores registados, cerca de cinco vezes menos do que o Facebook.
 

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