Kim Dotcom concorre às eleições neo-zelandesas com o Partido Internet

Depois de duas detenções por pirataria informática, lançamentos de sites e um isco de música electrónica, alemão dedica-se à política.

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Dotcom é o homem na origem do Megaupload, Mega e Baboom Nigel Marple/Reuters

Em Janeiro deste ano, Kim Dotcom, criador do extinto site de partilhas Megaupload, já tinha anunciado a criação de uma formação política. Dois meses depois, oficializa o lançamento do Partido Internet, com o qual vai concorrer às eleições legislativas neo-zelandesas, em Setembro. “Isto vai ser fantástico”, promete o novo partido.

O percurso de Kim Dotcom, antes Kim Schmitz, é conhecido pela sua excentricidade e problemas com a justiça que o levaram nos anos 1990 à condenação a uma pena de prisão suspensa por fraudes informáticas. Depois disso, o alemão de 40 anos foi detido em Janeiro de 2012, na sua casa perto de Auckland, na Nova Zelândia. Na origem da detenção esteve o seu site Megaupload, uma página de partilha não autorizada de ficheiros, usado por cerca de 180 milhões de pessoas.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos e o FBI alegam que Dotcom arrecadou mais de 126 milhões de euros e causou prejuízos de 360 milhões com a disponibilização de conteúdos com direitos de autor no seu site. O Megaupload foi encerrado e os bens de Dotcom penhorados. O alemão acabou por ser libertado sob fiança mas desde então arrisca a possibilidade de extradição para os Estados Unidos.

Um ano após o fecho do Medaupload, Dotcom voltou aos sites de partilhas de ficheiros e lançou o Mega, dedicado à circulação não autorizada de filmes, música e outros conteúdos.

Já em Janeiro deste ano, Dotcom anunciou um novo serviço de música online, o Baboom, que na sua estreia divulgou um álbum de música electrónica do próprio alemão.

A novidade agora é a oficialização do Partido Internet, com o qual Dotcom quer oferecer um mundo online “mais rápido, mais barato” e que pretende “criar empregos na alta tecnologia, proteger a privacidade e salvaguardar a independência”. O Partido Internet promete ainda “uma moeda digital patrocinada pela Nova Zelândia que seja segura e encriptada".

As promessas estão no site do partido, que nas próximas legislativas na Nova Zelândia terá que conseguir 5% dos votos para entrar no Parlamento do país.

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