Instagram limita partilha de fotos no Twitter

A aplicação de fotografias comprada pelo Facebook decidiu que é melhor ter os utilizadores a verem as imagens nas páginas do seu próprio site.

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A empresa completou a compra do Instagram a 6 de Setembro Justin Sullivan/Getty Images/AFP

Os utilizadores do Twitter começaram nesta quarta-feira a queixar-se que tinham dificuldades em ver as fotos do Instagram que eram partilhadas naquela rede social.

 Depois de o Twitter reconhecer que algumas fotografias estavam a aparecer cortadas ou fora do lugar e atribuir as responsabilidades ao Instagram, os responsáveis da popular aplicação de partilha de fotografias confirmaram ter desistido de uma funcionalidade do Twitter que permite visualizar conteúdo multimédia (como vídeos do YouTube) sem sair desta rede social.

O objectivo, acabou por explicar o co-fundador e CEO do Instagram, Kevin Systrom, é fazer com que os utilizadores passem mais tempo no site do próprio Instagram. Os utilizadores continuam a poder partilhar fotografias, mas o que acabarão por ver será apenas um link para a página respectiva do Instagram. Por ora, e embora com problemas ocasionais, as fotografias ainda estão a surgir no Twitter.

Este é mais um episódio na rivalidade entre redes sociais, que no caso do Twitter e do Instagram se tem vindo a agudizar. Este ano, o primeiro tinha já impedido os utilizadores do segundo de procurarem pessoas com conta no Instagram entre os contactos que tinham no Twitter.

A popular aplicação de partilha de fotografias foi comprada em Abril pelo Facebook, numa operação em dinheiro e acções, que totalizava então cerca de mil milhões de dólares. A aquisição acabou por ser fechada em Setembro e por ser quase 30% mais barata, devido à queda da cotação do Facebook.

Kevin Systrom, que está a participar na conferência de tecnologia LeWeb, em Paris, disse entretanto à agência Reuters que o Instagram não tem “planos específicos” para rentabilizar o serviço com publicidade, porque os esforços estão concentrados “em fazer crescer a empresa tão depressa quanto possível”. O Instagram não tem ainda qualquer fonte de receita.

 

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