Horas passadas online duplicaram em dez anos entre pessoas acima dos 16 anos

Estudo do regulador dos media britânicos revela que as percentagens de utilização da Internet para enviar mensagens, emails ou aceder a redes socias duplicaram em quase todos os casos.

Foto
A maior subida entre os internautas que usam as redes sociais registou-se entre a faixa etária dos 35 aos 44 anos Maria João Gala

Em dez anos, o tempo passado online por semana duplicou entre pessoas acima dos 16 anos. Um estudo do regulador dos media britânicos, o Ofcom, revela que com a aquisição crescente de smartphones e tablets desde 2005, o número de horas passadas ligadas à Internet passou de cerca de 10 por semana para 20 horas e 30 minutos, em média, em 2014.

Segundo o estudo, publicado esta semana, o maior aumento foi registado entre pessoas entre os 16 e os 24 anos, no Reino Unido. Se em 2005, este grupo etário passavam uma média de 10 horas e 24 minutos, por semana, online, no final do ano passado, esse tempo disparou para 27 horas e 36 minutos. Isso significa que os utilizadores de Internet aumentaram em três horas e meia o período em que estão ligados à Internet por semana, no espaço de dez anos.

O Ofcom concluiu ainda que a proporção de adultos que acede à web aumentou de seis em dez para nove em dez, e que mais pessoas estão a utilizar os seus dispositivos móveis para ver televisão e vídeos na Internet. O organismo indica que mais de um quarto dos internautas vêem televisão ou filmes online, sendo que entre os utilizadores entre os 16 e 24 anos essa percentagem quase que duplicou. Passou de 21% em 2007, ano da última recolha de dados para este caso, para 39% no ano passado.

Quando a utilização dos smartphones é para jogar, o Ofcom revela que 26% das pessoas o fazem pelo menos uma vez por semana, mais que os 17% que indicaram que continuam a preferir jogar em consolas. Por sua vez, 15% dos adultos admitiram no final do ano passado que usam o seu tablet para jogar. “A proporção de utilizadores das Internet que afirmam que jogam regularmente online duplicou de 10%, em 2005, para 22% em 2014”, aponta o estudo.

Para o relatório, o Ofcom analisou ainda a utilização de serviços e aplicações de mensagens em telemóveis, nomeadamente o WhatsApp ou o Messenger. Aqui, houve mais uma vez uma duplicação da percentagem do uso de mensagens instantâneas, mas apenas entre 2013 e 2014. Há dois anos essa percentagem era de 29%, para um ano depois atingir os 42%.

“Quase todos os utilizadores de telemóveis enviam mensagens de texto (90% em 2014, em comparação com 70% em 2005). As pessoas também estão cada vez mais a usar o telemóvel para enviar emails (52% contra 5% em 2005) ou fazer a uma chamada através da Internet - 43% em 2014, em comparação com 27% em 2013”, indica o Ofcom.

A utilização de dispositivos móveis registou ainda aumentos quando se fala do acesso a redes sociais. Na primeira vez que o organismo britânico questionou o uso de redes sociais, em 2007, 22% dos inquiridos confirmaram-no. No final de 2014, 72% das pessoas questionadas, com mais de 16 anos, afirmaram que o fazem. A percentagem aumenta para 81%, quando a pergunta se refere se o acesso ao Facebook, Twitter ou Instagram é feito a nível diário.

O Ofcom sublinha que a maior subida entre os internautas que usam as redes sociais se registou entre a faixa etária dos 35 aos 44 anos. Cerca de 80% agora, contra 12% em 2007.

Sugerir correcção
Ler 1 comentários