Google reforça medidas contra pesquisas que levam a sites piratas de música e filmes

Empresa quer combater de forma mais dramática os acessos a sites ilegais através do campo de busca.

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Reuters

A partir desta semana, o Google tem medidas reforçadas para garantir que alguns dos principais sites de pirataria de música, séries, filmes e conteúdos com direitos de autor tenham menos hipóteses de surgir no seu motor de busca quando são pesquisados. O anúncio chega algum tempo depois de a indústria da música e cinema terem acusado a empresa de tardar em pôr em prática esta política, com o Google a garantir que agora as suas medidas vão ser visíveis.

A empresa informa no seu blogue que tem testado novos formatos para resultados de pesquisa relativos a música e filmes que “ajudem as pessoas a encontrar fontes legítimas de media”, bem como a experimentar novos formatos para anúncios que promovam serviços legais.

Para palavras usadas na pesquisa de conteúdos como “download”, “grátis” ou “ver”, o Google apresenta como resposta sites como a Amazon, Netflix ou Google Play para o utilizador encontrar uma solução para o que procura.

Além destas indicações, no painel que surge no lado direito na página do motor de busca, quando se pesquisa o nome de um artista ou o título de uma série, vão aparecer alternativas legais para ter acesso à música ou episódio como o Vevo ou Spotify. Para já, estes resultados vão surgir apenas para pesquisas feitas nos Estados Unidos, mas o Google prevê alargá-los a nível internacional.

A empresa recorda que em Agosto de 2012 anunciou que iria baixar nos seus rankings de busca sites que tinham sido alvo de queixas com base na DMCA (Digital Millenium Copyright Act) de 1998, lei que rege os direitos de autor nos Estados Unidos, e que por isso estão firmes na defesa das empresas. “Agora refinámos o sinal de uma forma que, esperamos, venha a afectar visivelmente o ranking de alguns dos sites [piratas] ‘mais conhecidos’”.

O Google não indica, no entanto, a que sites se refere ou de que forma irá influenciar a queda destes nos rankings de busca.

O mesmo sistema vai ser aplicado para reduzir as possibilidades do preenchimento automático do campo onde são colocadas as palavras para numa busca que levam a sites com violações da DMCA. Actualmente, uma busca no Google já impede sugestões de preenchimento automático que sugerem resultados que encorajam a pirataria, mas com estas medidas, a empresa parece aumentar a sua política de combate aos sites ilegais.

Dados do Google indicam que no ano passado a empresa recebeu 224 milhões de pedidos com base na DMCA para remover páginas dos resultados de pesquisa do motor de busca. Destes pedidos, a empresa respondeu positivamente a 99%. O restante 1% não foi conseguido por ser necessária informação adicional, por a página não ter sido encontrada ou porque foi concluído que a página em causa não violava a lei.

O relatório de transparência do Google, onde também são indicados os sites que perderam lugares no ranking com base nos pedidos de remoção, indica que as páginas do RapidGator, 4Shared e Dilandau lideraram no ano passado, cada um com mais de sete milhões de denúncias de violação da DMCA.

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