Google alarga a Portugal tecnologia de busca mais inteligente

A "inteligência" do motor de busca integra 570 milhões de entidades, 18 mil milhões de factos e as respectivas ligações entre todos estes elementos.

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A informação extraída é mostrada ao lado dos resultados da busca

O Google está a estender a Portugal e vários outros países uma tecnologia que extrai informação da Internet para a disponibilizar mais rapidamente ao utilizador – às vezes sem ser preciso abrir uma página.

Uma das novidades que ao longo dos próximos dias será disponibilizada na versão portuguesa do motor de busca é a apresentação de fichas sobre os termos pesquisados. Com um aspecto enciclopédico, esta informação surge ao lado dos resultados habituais e mostra, por exemplo, elementos biográficos (no caso de a pesquisa ser sobre uma personalidade) ou dados históricos (caso seja sobre uma cidade).

O objectivo é apresentar informação imediatamente, poupando ao utilizador o trabalho de abrir os sites listados quando quer apenas uma informação curta (é o tipo de serviço que pode poupar cliques em páginas da Wikipedia). A ficha vai também procurar oferecer informação relacionada e que surpreenda o utilizador, levando-o a alargar as suas pesquisas.

O motor de busca procura também antecipar as próximas pesquisas de um utilizador sobre um tema. Assim, a informação na caixa lateral procura responder ao que provavelmente seriam as próximas pesquisas. Este exercício de previsão é feito com base nas pesquisas já feitas por outros utilizadores. Em Maio, quando apresentou a tecnologia para o motor de busca americano, a empresa exemplificou: uma pesquisa por Tom Cruise passará a mostrar informação suficiente para dar resposta a 37% das buscas que as pessoas tipicamente fazem logo após pesquisarem pelo conhecido actor.

Para além disto, o Google deu mais um passo para resolver o problema das pesquisas ambíguas, nas quais o mesmo termo pode ter várias interpretações (colocar os computadores a perceberem linguagem natural humana é um problema que ainda ocupa os académicos). A empresa exemplifica com a palavra “football”, que no inglês europeu se refere a futebol e que nos EUA designa o futebol americano. Para além de usar elementos, como a localização geográfica, para determinar que tipo de resultados apresentar, o utilizador poderá afunilar manualmente a pesquisa, optando por ver apenas resultados sobre um determinado significado das palavras introduzidas.

O Google chama a esta tecnologia “grafo do conhecimento”, remetendo para o conceito matemático de grafo, um elemento constituído por vértices ligados por arestas. Neste caso, a tecnologia do motor de busca integra 570 milhões de entidades (pessoas, cidades, monumentos, planetas), 18 mil milhões de factos e as respectivas ligações entre todos estes elementos.

Para além de Portugal, a funcionalidade será disponibilizada em Espanha, França, Alemanha, Japão, Rússia e Itália.

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