França quer proibir telemóveis nas escolas primárias temendo riscos para a saúde

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A polémica sobre os efeitos das ondas electromagnéticas nas crianças e jovens não é nova, apesar de não haver nenhum estudo científico que prove, até ao momento, que a exposição continuada a essas ondas possa ser prejudicial para a saúde Nelson Garrido/PÚBLICO

A França está a ponderar seriamente a proibição do uso de telemóveis nas escolas primárias, alegando que as ondas electromagnéticas poderão ser prejudiciais para as crianças, apesar de continuar por provar que essa tecnologia poderá afectar a saúde humana.

A medida não é nada consensual: alguns pais, ainda que queiram os seus filhos protegidos de eventuais perigos para a saúde, reclamam o direito de os contactar quando quiserem, ao passo que outros defendem que a medida deverá ser estendida até aos 14 anos.

A polémica sobre os efeitos das ondas electromagnéticas nas crianças e jovens não é nova, apesar de não haver nenhum estudo científico que prove, até ao momento, que a exposição continuada a essas ondas possa ser prejudicial para a saúde. Quer a Organização Mundial de Saúde quer a União Europeia – bem como diversas organizações científicas – já negaram a existência de provas concludentes dos malefícios das ondas electromagnéticas dos telefones móveis na saúde das pessoas e dos animais.

Este assunto anda há várias semanas a ser debatido - entre o Governo e a sociedade civil - mas, ao que tudo indica, ainda não há nenhuma conclusão nem nenhuma decisão governamental, podendo, porém, alguma medida vir a ser apresentada em Setembro próximo.

O princípio da precaução – o mesmo que justificou o embargo à carne de vaca durante a crise da doença de Creutzfeldt-Jacob – justificaria esta medida a ser tomada pelo Executivo gaulês.

O Governo francês pondera igualmente pedir às companhias telefónicas que fabriquem e comercializem aparelhos através dos quais só seja possível enviar mensagens e irá igualmente proibir os anúncios publicitários em que apareçam menores de 12 anos.

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