As ligações por cabo continuam a ser a maioria, mas as ligações à Internet através de fibra foram as que mais cresceram e o número de acessos através desta tecnologia está agora próximo dos acessos através do veterano ADSL.

No segundo trimestre deste ano, as ligações por fibra óptica representavam 29% de todos os acessos, segundo os dados divulgados nesta quinta-feira pela Anacom, a Autoridade Nacional de Comunicações. O modem de cabo liderava, com um terço dos acessos e o ADLS, 30%. Em último lugar estão as ligações LTE, uma tecnologia tipicamente usada para Internet móvel, mas que os operadores também vendem como ligação fixa – somavam 7% de todos os acessos.

Ao todo, existiam entre Abril e Junho e 948 mil acessos à Internet através de fibra óptica, o que significa mais 6,8 % do que no primeiro trimestre do ano e um salto de 31% face ao mesmo período de 2015. "Em termos líquidos, e de acordo com a tendência dos últimos trimestres, os acessos em fibra óptica continuam a ser os acessos preferenciais dos novos clientes e o principal motor do crescimento do número de acessos (com aumentos superiores a 50 mil acessos por trimestre desde o início de 2015)”, observa o relatório da Anacom.

Já as ligações por cabo cresceram 5% em relação ao segundo trimestre do ano passado, enquanto o ADSL caiu 7%, naquele que foi o sexto trimestre consecutivo de queda. A fibra tem sido a tecnologia promovida pelos operadores e vendida nos pacotes de serviços que são a esmagadora maioria das novas contratações. "Estima-se que no final do segundo trimestre de 2016 cerca de 97,2 por cento dos clientes do serviço de acesso à Internet em banda larga fixa tinham adquirido o serviço no âmbito de um pacote de serviços", especifica a Anacom.

Os números mostram também que o Meo, do grupo Altice, continua a perder quota de mercado para a Vodafone e a Nos (parcialmente detida pela Soane, dona do PÚBLICO), embora continue a liderar no mercado da banda larga fixa. O Meo tinha no segundo trimestre uma fatia de 43% do mercado (era de 51% um ano antes). A Nos tinha 37% (face a 36% em 2015) e a Vodafone viu a sua quota subir para 16% (era de 13%).