Facebook vai lançar satélite para fornecer Internet a zonas remotas africanas

Aparelho será lançado no próximo ano em parceria com a francesa Eutelsat.

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A colocação de um satélite em órbita faz parte do mega-projecto Internet.org Facebook

O Facebook vai lançar no próximo ano um satélite para fornecer Internet às zonas remotas em África, anunciou o CEO da rede social Mark Zuckerberg.

Num post na sua página no Facebook, Zuckerberg anuncia aquele que é o primeiro projecto da rede social para fornecer Internet a partir do espaço, numa parceria com a empresa francesa Eutelsat.

O satélite AMOS-6, que vai ter como missão permitir o acesso online a grandes áreas da África subsariana, está actualmente em construção e será lançado em 2016. “Vamos trabalhar com parceiros locais nessas regiões para ajudar as comunidades a começar a ter acesso a serviços na Internet providenciado via satélite”, escreveu o co-fundador do Facebook.

A colocação de um satélite em órbita faz parte do mega-projecto Internet.org, que apesar de ser uma das grandes apostas do Facebook, tem vindo a ser alvo de críticas em alguns países. Na Índia, por exemplo, o projecto tem sido criticado por pequenos empresários por dar ao Facebook e aos seus parceiros uma vantagem “injusta” no desenvolvimento de mercados online.

“Desde o ano passado, o Facebook tem vindo a explorar formas de usar aeronaves e satélites para permitir o acesso à Internet a comunidades a partir do céu”, sublinhou ainda Zuckerberg, referindo-se, por exemplo, à sua pretensão de utilizar o seu próprio drone para fornecer acesso online a quem ainda não o tem em zonas em África e Ásia.

Em 2014, o Facebook anunciou que estava a criar parcerias com laboratórios de investigação tecnológica e empresas do sector aeroespacial. Mark Zuckerberg anunciou o lançamento da aplicação móvel Internet.org, para o acesso gratuito a serviços básicos online, como o Google Search, Messenger, Wikipédia e o próprio Facebook, bem como páginas de serviços do país.

“Com esta aplicação, as pessoas podem navegar em serviços de informação locais úteis em áreas como a saúde, emprego e, sem custos de dados. Ao fornecer serviços básicos gratuitos através da aplicação, esperamos colocar mais pessoas online e ajudá-las a descobrir valiosos serviços a que não podiam aceder de outra forma”, argumentava há um ano o director de gestão de produto da Internet.org, Guy Rosen.

Os números são do Facebook. Mais de 85% da população mundial vive em áreas com cobertura para telemóveis, mas apenas 30% acedem à Internet. Isso significa que dois terços da população mundial ainda não têm acesso à web.

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