Facebook inicia em África acesso gratuito à Internet com nova aplicação

Aplicação da Internet.org vai ser disponibilizada, para já, na Zâmbia.

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miguel madeira

Em Março, o Facebook anunciava que estava empenhado em ligar à Internet dois terços da população mundial ainda sem acesso à web. Para isso está a criar parcerias com laboratórios de investigação tecnológica e empresas do sector aeroespacial. Cinco meses depois, o fundador da rede social, Mark Zuckerberg, avança com a aplicação Internet.org, para já, só na Zâmbia, para acesso gratuito a serviços básicos online.

África e Ásia são ainda continentes com zonas sem acesso à Internet, ou muito limitado, quer por falta de poder de compra de dispositivos tecnológicos, quer por ausência de operadoras de telecomunicações e de cobertura de rede.

Segundo dados da Internet.org, uma instituição que pretende acesso generalizado à Internet, mais de 85% da população mundial vive em áreas com cobertura para telemóveis, mas apenas 30% acede à Internet.

A Zâmbia, onde o Facebook indica que 15% da população tem acesso online, será o primeiro país africano a ter a acesso gratuito como o Google Search, Messenger, Wikipédia e o próprio Facebook, e páginas do país, como o Go Zambia Jobs, WRAPP (Women’s Rights App) ou Zambia uReport , destinados a procurar emprego ou a apoiar as mulheres e os seus direitos.

Para já, a aplicação vai ser disponibilizada aos subscritores da operadora Airtel na Zâmbia.

Sem indicar quais os próximos países a serem abrangidos pela aplicação da Internet.org, Mark Zuckerberg indica num post na sua página na rede social que em breve outras nações vão poder entrar gratuitamente em sites de serviços considerados básicos no apoio à respectiva população.

“Com esta aplicação, as pessoas podem navegar em serviços de informação locais úteis em áreas como a saúde, emprego e, sem custos de dados. Ao fornecer serviços básicos gratuitos através da aplicação, esperamos colocar mais pessoas online e ajudá-las a descobrir valiosos serviços a que podiam não aceder de outra forma”, argumenta o director de gestão de produto da Internet.org, Guy Rosen.



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