Europa realiza o seu maior e mais complexo exercício de cibersegurança

Portugal e 28 países vão testar a capacidade de resposta a ataques informáticos.

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Kacper Pempel/Reuters

Durante toda esta quinta-feira, 29 países europeus, incluindo Portugal, estão a realizar em conjunto um exercício de cibersegurança para testar o grau de preparação de cada Estado para combater ataques informáticos de grande escala. Mais de 200 organizações e 400 profissionais da área do sector público e privado integram o exercício, durante o qual haverá uma simulação de vários ciberataques e será analisada a capacidade de resposta de cada país e a nível europeu.

Esta é a terceira vez que se realiza o Cyber Europe 2014, depois das edições de 2010 e 2012. Este ano, o exercício, que é organizado pela Agência Europeia para a Segurança das Redes e Informação (ENISA), é mais vasto e complexo que nos anos anteriores e engloba 26 estados-membros da União Europeia e três países da Associação Europeia de Comércio Livre (EFTA, na sigla em inglês).

Em cada estado vão estar envolvidas, caso existam, agências de cibersegurança, equipas nacionais de resposta a emergências informáticas, ministérios, empresas de telecomunicações, empresas do sector da energia  instituições financeiras e prestadores de serviços de Internet .

Durante o exercício serão simulados mais de 2000 ciberincidentes individuais, incluindo ataques de “recusa de serviço” a serviços em linha, relatórios com informações sensíveis e relatórios dos meios de comunicação sobre operações de ciberataques, desfiguração de sites, ataques a infra-estruturas críticas como redes de energia ou de telecomunicações, e teste dos procedimentos da União Europeia em matéria de cooperação e de acção escalonada.

Os ataques informáticos que se têm registado e aumentado em número nos últimos anos são cada vez mais sofisticados. Dados da ENISA indicam que no ano passado estes aumentaram em quase um quarto e as violações a dados subiram 61% em relação a 2012. “Cada uma das oito principais violações de dados resultou na perda de dezenas de milhões de registos de dados, tendo sido expostas 552 milhões de identidades”, sublinha a Comissão Europeia em comunicado. 

Os resultados do exercício serão anunciados no final do mesmo pela ENISA.

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